sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Eu desisto de tudo agora

Desisto de cada esperança que me restara, de cada presença que sobreviveu, de cada lembrança que ficou. Desisto de tudo.
Desisto das minhas palavras, da minha vida, do meu coração, da minha vontade de não desistir.
Desisto de cada apoio que recebi, desisto de cada carta que escrevi, de cada foto que tirei, de cada momento que vivi. Desisto disso tudo e do que me resta e do que restará, não quero mais nada.
Desisto pelo fato de não poder mais sofrer, não pelo fato de não ter mais coragem para lutar, como disse Bob Marley. Você se cansa, chega uma hora que cansa, e quando você cansa, é de tudo.
E esse “cansar” é permanente.
E estou farta disso tudo, farto de cada esperança que tive, de cada lágrima que deixei rolar, de cada lembrança que insisti recordar, estou farto de mim. Preciso de férias do meu pensamento.
Preciso de férias desse mundo, dessas pessoas, dessas palavras, dessa solidão,
desse vazio permanente preenchido por lembranças que existe dentro de mim.

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